Homossexuais da PSP poucos mas dos bem mais recebidos (JN)

Eram só dois, diga-se de passagem. Mas também se refira que Belmiro Pimentel, dirigente do grupo IXY do Sindicato Unificado da Polícia, foi o activista mais aplaudido, após um discurso emocionado no palanque improvisado no Martim Moniz, em Lisboa, no final da Marcha do Orgulho LGBT.

“Estou aqui para vos transmitir que é possível viver e desempenhar as nossas funções de policiais sem qualquer receio, mesmo que num meio aparentemente hostil, como é a comunidade policial”, disse o agente da PSP do Porto, de 34 anos, líder daquele grupo de polícias homossexuais, que se formou após uma reportagem do JN, em Abril de 2009.

Além do IXY, refira-se a estreia formal da Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual ou da Poly Portugal (para quem uma pessoa é livre de ter mais do que um relacionamento ao mesmo tempo).

Porém, a iniciativa era sem dúvida colorida pela presença dos jovens homossexuais da Rede Ex-aequo ou do colectivo Panteras Rosa – com um rabo de pano rosa a sair das calças de ganga dos seus elementos.

Cenário que o editor do Portugal Gay, João Paulo, um dos organizadores da Marcha LGBT do Porto, espera que se repita na invicta. “Dia 10 de Julho sairemos à rua e tenho a certeza que ultrapassaremos, e muito, os mil participantes que tivemos em 2009”, referiu o activista. “Afinal trata-se do único evento para a população GLBT no Norte do país”, acrescentou.

20/06/2010 - 00h30m
Nuno Miguel Ropio

in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1597908